terça-feira, 30 de setembro de 2008

Ô vida louca!

Tudo aqui na França é muito estranho! Começando do básico, são franceses que habitam este lugar. Eles são estranhos. Usam bermuda, blusa de alcinha e cachecol. Eu não entendo muito bem, é até bonitinho, mas estranho. Vejo de vez em quando também umas meninas todas encasacadas e usando chinelo de dedo. Bom, eu uso um tênis ou uma bota, então. Deve ser aquela história que o francês usa lencinho. Já me acostumei com isso, já estou até usando também o cachecol ou o lenço com minhas camisetas de manga curta e calça até a canela. É meio estranho, mas vamos nos habituando aos poucos. Ah, ser emoé super normal também! Franjinha pro lado, lápis preto no olho.... Vejo todo dia.

Outra coisa que eu estranho muito aqui. O teclado do computador. Eu tnho uma cadeira de Técnicas de comunicação e informação. Aprendo a editar umas coisas loucas no Word, coisas que eu nem imaginava que se podia fazer. Então vou escrever. Bom, no lugar do "Q" tem um "A", e vice-versa. No "W" tem um "Z". No "M" tem alguma pontuação. Os números que ficam acima das letras na verdade só podem ser digitados com o Shift apertado ou com o CAPS LOCK acionado. Senão, tem-se acesso às letas já acentuadas. Entenderam?? Tem o botão do "é", do "à", de qualquer acentuação possível no francês.

Continuando, hehehehh, estamos no país dono da L'Oréal Paris, porque eu mereço. Vi muitas mulheres com os cabelos caprichosamente pintados, mechados, clareados, etc. Mas vi também muitas que não pintam. Não é feio, mas estou acostumada com a paranóia que a mulher brasileira tem em cobrir os fios brancos desde a raiz! Ah, a maioria tem cabelo curtinho, com pontas mais compridas, com mechas separadas, etc.

Outra coisa mais louca ainda. Quando eu estou no centro, no meio daquelas ruelinhas pequenas entre prédios antigos, não sabendo exatamente qual das cinco ruas da encruzilhada é a que eu devo pegar, eu fecho o olho, mentalizo e vou. Sei lá eu como isso acontece, mas eu sempre acabo chegando onde eu quero. É tipo uma fonte dos desejos. Tu pensa no lugar onde tu quer chegar e, quando percebe, está lá!

Mais uma: se tu quise comer um coelho assado no jantar, é tranqüilo, só passar no Mercado Público e Poitiers e comprar ele. Inteiro! Com tudo que se tem direito! O coitadinho do coelho é morto, tirado a pele e depois exposto no mercado.

Além de tudo isto, ainda tem os estrangeiros, com suas manias de achar tudo estranho. Bom, acho que é todo este mundo estrando que faz da Europa um lugar interessante de se conhecer. E é por tudo isto que eu estou adorando morar aqui!

Ah, e vou pedir desculpas por não ter foto tiradas por mim aqui, mas acho que as pessoas não iam gostar que eu tirasse fotos dos cabelos delas, dos coelhos delas ou do cachecol delas.

segunda-feira, 29 de setembro de 2008

Meu lar, doce lar

Estava eu, ontem de noite, aproximadamente à 1h da manhã, conversando com o Lipe Antoniollico sobre as coisas que eu faço aqui em Poitiers sozinha e ele o que faz em Canoas sozinho. Como o nosso acordo de separação correu bem, a divisão de bens foi tranqüila: ele ficou com meu pote cheio de moedinhas para o Poker e eu fiquei com o moletom dele. Cada um vai para o seu lado e depois se vê o que se faz.

Alguém já viu uma separação tão tranqüila assim? Nem eu! Pois bem, estava eu conversando com ele sobre tudo isto e surgiram termos da minha parte como "solteirice" e "egoísmo". Eu havia dito que ele vai aproveitar a vida da solteirice e eu a vida do egoísmo. Ele sai com os guris, faz festa. Eu saio por mim mesma, faço as coisas só para mim, vivo a minha própria vida. Não é crueldade dizer que agora eu tenho uma vida egoísta, pois é o egoísmo bom. Estudando a palavra, vemos que ego significa eu, ou seja, eu estou tendo aqui uma vida só para mim, sem vínculos com nada.

Refletindo sobre isto, enquanto conversava com o dito ateriormente, percebi que hoje habito o meu primeiro imóvel! Tudo bem, é alugado e não sou eu que pago o aluguel, mas é o meu nome no contrato, é a minha assinatura nos papéis e são as minhas coisas aqui dentro. Hoje eu vivo tão intensamente uma vida "egoísta" que até o lugar que eu moro eu posso chamar de "minha casa".

Aqui eu faço o mercado, compro comida, produtos de limpeza, prato, copo, garfo. Eu limpo, lavo louça, lavo chão, lavo janela. Eu arrumo meu sofá-cama com os travesseiros que eu comprei. Eu cozinho os legumes que eu comprei na panela que eu comprei. Eu lavo minha roupa e penduro no meu próprio varal! Isto é muito legal! Eu sou responsável por um lar! Meu lar!

Não é como ficar sozinha na casa dos pais durante a semana em que eles viajam para o Chile. Ainda assim é a casa dos pais, com os pratos dos pais, as panelas dos pais, a vassoura dos pais. Até o limpol, que eu comprei na época da viagem, é dos pais. Aqui não, eu sou a ÚNICA responsável por uma moradia. Tudo bem, não é lá essas coisas, mas é o primeiro lugar que eu habito e que é meu.

Aqui na cidade já sei onde é bom de comprar legumes, onde é melhor para comprar acessórios para cozinha, onde encontro as frutas mais baratas. Cuido do dinheiro e guardo todas as minhas notinhas para saber como vão os gastos. Aliás, hoje comprei uma bacia multiuso: fruteira, bacia de lavar legumes, bacia de escorrer a louça e bacia de levar a roupa da pia até o varal. Aqui é assim mesmo, uma única bacia serve para várias coisas, e uma só pessoa é responsável pelo bom funcionamento de todas elas.

Sobre isto, o Lipe me disse que eu iria crescer uns 30 anos aqui. Tudo bem, que vou crescer é verdade, mas não tanto também. Com todas estas responsabilidades, casa, comida, roupa lavada e administração financeira, eu vou crescer e voltar para o Brasil querendo morar sozinha de novo!! heheheh

Se quiserem, podem vir visitar a mina casa! Tem sempre pão quentinho (se não estiver quentinho eu ponho no microondas), leite fresco e umas bolachinhas! Até já recebi visitas aqui em casa! Outro dia eu e meu vizinho Sofien recebemos um marroquino, uma marroquina e uma francesa na cozinha do nosso corredor. Tudo bem, não entraram na minha casinha/quarto, mas foram as primeiras visitas para quem eu comprei algumas coisas no super e cozinhei. A foto memorável deste dia foi acidentalmente apagada, então fico devendo. Mas coloco no lugar dela a janta de ontem, na casa da marroquina Sihame. Na foto está ela e o outro marroquino, Amine.

Com isso tudo fico muito contente! E, falando em ficar contente, fiquei mais animada ainda quando li um e-mail da mama que diz que o Inter venceu de goleada o Grêmio!!
VAMO VAMO INTER!!

Estou longe, mas estou de olho!!

C'est tout ce que j'aime

Hoje almocei no "Mécdô", vulgo Mc Donald's. Meio dia e meia, fila grande, funcionários correndo. Igual ao Brasil. Hambúrger, fritas, refri, canudo, etc etc. Tudo igual ao Brasil. Menos os nomes.

Aqui na França (e ouvi falar que no resto do mundo também) não existe Quarteirão, Cheddar McMelt e outros. O que tem é o Royal Bacon, Royal Supreme e o Royal Cheese. O de peixe, de frango e o Big Mac continuam lá, mas os outros são novidade. Bom, não vou comer o mesmo de sempre, o Big Mac, vou experimentar o Royal Cheese.

Na verdade, ele não é tão royal assim não. É menor que o Big Mac e é igual ao Quarteirão. Eu devia ter suspeitado desde o início.















Bom, na foto ele é muito bonito. Mas pessoalmente, é outra coisa. Tudo bem, eu só queria matar a curiosidade que me mordia todaa vez que eu ia no super mercado.

Desta vez não pude tirar fotos minhas porque eu esqueci a câmera em casa :P

Mas valeu o teste. Aprovado! Da próxima vez eu tento o Royal Bacon!

domingo, 28 de setembro de 2008

Chez moi

Lar, doce lar. Finalmente consegui distribuir todas as minas coisas de forma adequada e sem bagunça! Meu quarto/casa é pequeno, mas dá para se virar muito bem aqui.

Começando pela primeira coisa que se ve quando se entra pela porta, a minha escrivaninha. Nela eu como, estudo, entro na internet. Mais como do que estudo e entro na internet nela, pois estas outras duas coisas eu prefiro fazer sentada na cama.

Na foto abaixo, pode-se ver direitinho a escrivaninha com a estante em cima, ao ladoda janela. Também tem o meu varal de roupas que, quando tem visita aqui, eu cubro com a bandeira do Inter, e quando não tem, deixo de fora para secar tudo melhor. Isso tudo logo de frente para a cama.



Seguindo o baile, vemos minha escrivaninha de frente, que dei uma geral e deixei só o que eu uso mais: meu guia da França, Harry Potter, balas, talheres, erva, cuia, etc.


Como não paro muito em casa, acabo não tomandomuito chimarrão. Tomo mais no findi mesmo.

De frente para a minha escivaninha, tem minha cama. Eu arrumo todo dia! Sem mentira!! Eu comprei dois travesseiros por 6 euros (os dois juntos), então agora durmomais confortável.


Fofo né? Os travesseiros novos são da cor da colchinha soft que eu trouxe!!

Como vocês podem ver, atrá da cadeira onde estão os travesseiros tem um armário sem porta. Na verdade a porta fica ao lado. Nesta porta eu colocava as minhas roupas, mas era ruim de enxergar porque a porta abre para o lado da janela, então fia tudo escuro. Como a maior parte das minhas roupas é escura, eu coloquei a papelada e cadernos ali.



Agora vamo para omeu Closet. Eu o chamo assim porque, como estou morando no térreo ainda,
eu me visto ali atrás. Minhas roupas estão todas ali, então facilita muito. Eu faço assim: abro a porta do armário da papelada e me troco.



Estas prateleiras são na parte de cima. Na parte de baixo a porta também é de correr. Na prateleira de cima da parte de baixo eu guardo as panelas que compramos e qualquer coisa de cozinha que não pode pegar calor. Na prateleira de baixo ficam meus calçados.

E por fim, minha pia multiuso. Nela eu faço de tudo. Lavo a cara, lavo a louça, lavo roupa. Qualquer coisa que envolva água, eu faço ali. Claro, quando janto com meus amigos nós lavamos a louça na cozinha. Mas quando eu estou sozinha, eu lavo ali mesmo.





E, como vocês podem ver, a porta logo ali. Minha mala continua ali. Ela é um apoio que tenho, pois quando tenho que largar algo correndo, largo ali em cima.

Bom, este é o meu quarto/casa. Chez Joaná, como dizem por aqui. Não é um Hôtel (palacete), mas é meu cantinho.

quinta-feira, 25 de setembro de 2008

Ao vencedor, as batatas

Foi como o Both disse, fiz amizade com outros estrangeiros.

E isso não é novidade, já que a maioria das pessoas que moram na Cité U Descartes são estrangeiros. É até divertido, pois cada um é muito diferente do outro, mas no fundo todos iguais: estudantes que têm que guardar dinheiro.

Como eu disse em outro momento, estamos no Ramadã, e por isso as coisas são um pouco diferentes do habitual. Por exemplo: eles fazem jejum enquanto o sol brilha no céu. Mas isso é normal, o diferente vem agora.

Meu amigo Sofien disse que em época de Ramadã, os árabes são mais solidários entre eles. Por este motivo, todos os dias uma família árabe que habita a cidade de Poitiers leva uns 30 baguetes, ovos cozidos, sopa, frutas, leite e iogurte para os estudantes árabes que moram na Cité U Descartes! Ou seja, todas as noites eles comem de graça! E eu também!

Bom, eu não sou muçulmana, mas meu amigos me oferecem a janta e eu como junto. Claro, eu levo sempre alguma coisa para encrementar, como uns tomates para comer com o pão, nutella para a sobremesa, bananas, suco, etc. Mas mesmo assim, é muito legal isto. Eles estão em uma época de renovação de fé, e por isso eles são super solidários uns com os outros.

Um dia destes eu fui buscar a sopa e os pães com o meu amigo Sofien, e me senti no filme do Adam Sandler, "You don't mess with The Zohan". Quem viu o filme, sabem que tem uma parte em que aparece a rua onde moram os árabes. Bom, aqui é igual! É cheio de árabes provenientes da Argélia e do Marrocos principalmente.

Como o Ramadã vai acabar daqui uma semana, estamos começando a cozinhar um pouco desde já. Ontem, por exemplo, comemos batatas fritas. Des frites, como dizem aqui. No outro dia, eu tinha refogado um pouco de cebola e pimentão, para comer com o pão. Ficou tri bom. No oooutro dia ainda, comemos massa com molho de tomate pronto de caixinha. Precismos nos acostumar, pois o Ramadã vai terminar e a sopa não será mais a nossa refeição de cada dia heheh

quarta-feira, 24 de setembro de 2008

Os restaurantes universitários – Le Resto U

Este post foi escrito especialmente para meu amigo Leandro Koller, vulgo Lele.

Muitos pensam que a comida na Europa é muito cara. Bom, em parte estão certos. Na verdade, pelo o que vi até agora (sexta-feira, 19 de setembro) é mais ou menos como no Brasil. Não digo o preço, mas a relação entre eles.

Por exemplo, no aeroporto eu comi um sanduíche no pão de baguete e bebi um refrigerante e paguei seis euros e pouco. Já na cidade, bem no centro, comi um sanduíche do mesmo tamanho com um cookie e um refrigerante e paguei três euros. A metade!

Hoje fiz a minha primeira refeição em um Restaurante Universitário. O preço fixo é de €2,85. Na refeição tem uma entrada (salada ou um pão esquisito com legumes e maionese), o prato quente (têm várias coisas, como purê de batata, ratattouille, peixe, porco, etc) que te serve e uma sobremesa (fruta ou iogurte). Além disto, cada mesa tem uma jarra que o aluno pode encher de água no bebedor, assim como no RU da PUCRS.

A comida, tirando a excentricidade, é muito boa! As fatias de porco são bem cozidas, o ratattouille (igual ao do desenho, são legumes com um molho louco lá) veio bem temperado e o purê estava supremo!! Não tinha nenhuma váuvula ou artéria na minha comida. Bom, €2,85 não é pouco dinheiro, são mais ou menos R$8,00. Mas equiparando com os restaurantes normais, onde os funcionários da universidade geralmente comem, é bem mais barato. Um prato tentador de salada (não fui irônica) com alface, tomate, galinha ou atum ou presunto, queijo e mais um monte de palmito com umas torradinhas de pão pode ser apreciado pela bagatela de €7,00. Isso dá quase uns R$20,00. Por um prato com alface e tomate.

Aqui tem vários Resto U, cada um com um tipo de comida e com um horário de funcionamento diferente. Mas todos são tabelados. E pelo que me parece, todos têm comidas muito deliciosas!

Hoje fui também no supermercado. Bom, como eu disse antes, fiz amizade com uns chineses e com dois argelinos, e um deles me mostrou a linha do ônibus que vai até o supermarché Géant Casino. Lá comprei um cacho de bananas (1,47€), um litro de leite (€0,73), um baguete (200g, €0,38), um quilo de torroes açúcar (€1,10 – não esbanje o meu açúcar!) e um pacote com 12 rolos de papel higiênico (€1,21). Total: €4,89. Uns R$12,00 mais ou menos. O preço está bom? O pão pelo menos eu achei.

Bom, o pão dura uns dois dias. O açúcar dura muitos dias. As bananas eu como em uma semana. O leite eu tomo de manhã e de noite, e como não tem geladeira, eu tomo rapidinho mesmo. O papel também vai durar. Se eu gastar em média €5,00 por semana, acho que está mais ou menos bom.

A comida aqui é muito boa! Mas é não pode ter preconceitos, senão não se come nada. Bom, o chamado pain au chocolate acho que todo mundo iria adorar, mas é caro e eu vou me dar ao luxo de comer apenas um por semana!

segunda-feira, 22 de setembro de 2008

Air France 455 - Primeiro diálogo em língua francesa


Continuando as aventuras internéticas comentadas no post anterior, acabei usando o tal do cartão de internet pré-paga. Contarei como foi na ordem dos acontecimentos.

Após o check-in na looonga e demorada fila, vem a notícia que apavora um pouco. Tenho apenas uma hora e vinte minutos para almoçar e ir para a sala de embarque. Na verdade, o meu embarque era às 15h30, mas foi dito que eu deveria estar até as 15h na sala de embarque. Pânico momentâneo.

O que iria almoçar? Eu planejava comer uma pizza brotinho na Pizza Hut, mas não dava tempo para esperar eles assarem uma pizza para mim. Tempo dava, mas ansiosa do jeito que só eu sou, achei melhor optar por um Quarteirão do McDonald’s. Morno, mas me esperando para ser devorado.

Almocei. Foi complicado encontrar uma mesa vaga, todas estavam cheias e os clientes dividiam as suas com estranhos. Mas tive sorte e olho de lince e encontrei uma mesinha atrás do pilar me esperando. Coloquei meu carrinho de bagagem (com a mochila e a maleta) na minha frente, apoiei os dois pés nele e devorei rápida e calmamente o meu hambúrguer.

Sala de embarque. Não pode entrar com carrinho de bagagens. Como disse o senhor atrás de mim, é a hora da dureza. Poxa, uma mochila e uma maleta superpesadas e mais a minha jaqueta fazem peso! Lá fui eu. Passa raio-x. Passa detector de metais. Não precisei tirar as botas, mas tive que tirar os R$6,00 em moedas do troco do café que eu havia tomado em Porto Alegre. Aquela menina do café conseguiu me dar seis reais em moedas de cinqüenta e dez centavos! Eu estava com mais metais nos bolsos do que o meu computador na estrutura! Enfim, passei por tudo.

Próximo passo, a destemida Policia Federal Brasileira. Mostra passaporte. Dá um sorrisinho para mostrar que é tu mesma na fotografia. Digita aqui, digita ali. Feito o carreto, vamos para o próximo obstáculo.

Duty Free. Aaah, se eu fosse dona da Microsoft! Teria levado tudo! Maquiagem, bolsas, chocolates, aparelhos eletrônicos e especiarias. Coisa ótima! Ótima nada! Não sou dona da Microsoft, então me contento em apenas observar e cuidar para não derrubar nada. Algo me chamou a atenção, uma câmera fotográfica de ótima qualidade e de ótimo preço também. Liga para a mãe, liga para o pai. Compramos a máquina!

Agora é esperar. Na sala de embarque mesmo, não há sinal sem fio da Telefônica_Vip_Tam. Mas era necessário entrar na internet. Usamos o cartão. Falei com o Felipe e com a Carol da Mobilidade da PUCRS. Deu para conversar bastante. Falei dos meus feitos e me animei mais. Por favor senhores passageiros do vôo Ai France 455, o embarque iniciará neste instante. Embarcamos.

Ao meu lado sentou-se um casal simpático que vai fazer um tour pela Europa. A filha deles, de 22 anos, ficou no Brasil, mas quer fazer o passeio com uma amiga. A tripulação fala em francês, mas há quem se comunique em português também. O que não foi necessário, pois tive o meu primeiro diálogo em francês com franceses e me dei bem. Foi mais ou menos assim:

- Posso usar o computador no avião? (transcorrida quase uma hora de viagem)
- I’m sorry!? (respondeu o comissário de bigode)
- L’ordinataire portable.
- Ah, oui! L’utilisation?
- Oui! C’est possible?
- Oui, oui!
- Merci!
Viram que bonito? Falei e entendi tudinho. Falando lentamente até que eu posso virar intérprete.

Bom, seguindo o baile, cada poltrona tem uma mini-televisão. Na primeira classe eu vi que eram bem maiores, mas a que eu tinha já era o suficiente. Nos canais podia-se assistir repetidamente Indiana Jones 4 em inglês, dublado em português ou em inglês com legendas em mandarim; um canal de seriados onde passava os mesmos capítulos de Simpsons, Friends e outro lá que não lembro o nome, mas que me recordo de uma cena em que tem alguém com um braço recém arrancado, tipo CSI; outro passava Lilo e Stich; outro desenhos infantis, entre os quais se encontrava Tom e Jerry (único que vi); e outros canais sobre cultura, que só passei reto. Também era possível ver a rota do avião, a localização dele, tempo para chegar em Paris, temperatura do lado de fora do avião, etc etc. Tinha até joguinhos! Algo parecido com BomberMan e Paciência foram os que joguei, o resto passei adiante. Muito bacana mesmo! Peguei no sono vendo uma cena em que pode-se perceber de longe o detalhe do dedo do Chandler. (Na verdade foi numa cena muito boa que eu não vou contar senão compro briga com alguém.... né amor?)

A janta foi boa. A primeira comida de avião que tinha gosto de comida de verdade. Escolhi o canelone de presunto com molho de tomate, que acompanhava salada e um pudim de sobremesa muito bom por sinal.

Janta termina, tomo meu fiel Dramin e boa noite, crianças. Uma noite de sono muito estranha, porque, em primeiro lugar, eu fui dormir não devia ser mais de 8h da noite. Segundo, porque eu acordava toda dolorida por causa da poltrona gigante e superconfortável onde eu estava. Mas tudo bem. As únicas vezes que eu gostava de acordar era quando tinha turbulência, pois parecia que eu estava em um carro que treme quando pega um buraquinho na rua, e assim eu fazia de conta que não estava atravessando Pernambuco ou o Oceano Atlântico.

Acorda, toma café, e desce. Termina um vôo de dez horas e meia de terror e começa as próximas horas de pavor no aeroporto. Não perca o próximo capítulo de “Será que Joana foi deportada?”.

Vida de intercambista na Europa não tem luxo, mas tem glamour.

Segundo dia – O Império Chinês contra-ataca

Deuxième jour (18.09.08) – L’império chinois contre-attaque
(os post estão sem data correta pois eu estava sem internet)

Dicas para intercambistas:
Leve consigo, na mala, um garfo, uma faca, uma colher (de sopa preferencialmente, pois pode-se usá-la para o café também), uma panelinha e uma tigela (pode-se tomar café nela também). Estes são os acessórios necessários para poder comer sempre que quiser.

Eu disse acessórios, pois é claro que você vai levar na mala uma quantidade de miojo sabor galinha caipira e sopão Maggi de carne o suficiente por um mês pelo menos.

Eu trouxe o miojo e o sopão, mas não pude comer porque aqui não tem panela ou tigela! Bom, eu posso até comer na panela mesmo, economiza louça, mas e se eu quiser cozinhar duas coisas? Ponho a primeira em uma tigela e cozinho a segunda. Aqui tem microondas, então não preciso me preocupar em comer comida fria.

Outra dica. Se você comprar algo para comer e viu que não consegue comer ele inteiro, guarde-o. Se ele não estraga fora da geladeira e pode ser comido frio, como um sanduíche, guarde-o para comer depois. Você não está em casa, e por isso não tem uma geladeira cheia te esperando. Se na primeira semana você não comer muito, não se preocupe! Não é falta da sua casa, e sim o seu organismo que não se costumou ainda com o fuso horário.

Se você morar em uma república universitária e o seu quarto não parecer com um quarto, arrume-o com detalhes que lhe agradam. Por exemplo, coloque aquele ursinho de pelúcia que você ganhou do seu namorado ao lado da cama; se for barato, compre uma cortininha e coloque-a na janela; faça as prateleiras parecerem com as suas da sua casa.

Se a sua república for como a minha, e você precisar freqüentar o banheiro para fazer os números 1 e 2 ou tomar banho, leve sempre tudo o que vai precisar: papel higiênico, toalha, roupas, sabonete, etc. Se na hora que você está lá fazendo qualquer coisa lembrar que deixou algo no quarto, esqueça-o. Você não está em casa, e por isso não pode correr pelado pelo corredor atrás do que for preciso. Se bem que eu já vi algumas pessoas andando enroladas na toalha. Muito engraçado, pois elas não se sentem envergonhadas ou intimidadas. Mas enfim, prefiro ir para o banho bem vestida mesmo hehehehe

Se você, brasileiro nascido no Brasil da América do Sul, achou que na Europa só tem carrão, que francês é tudo fedorento, que é tudo arrogante, que não existem cachorros e gatos de rua, que a comida é só scargot, você precisa rever os seus conceitos!

Eu vi, em uma tarde, alguns Fiat Uno passeando pelas ruas. E são tão velhos que o símbolo da Fiat ainda é aqueles quatro risquinhos na diagonal! E um deles fazia barulho de fusca!! É normal que os estudantes comprem estes carros mais velhos, pois são muito baratos. Um carro usado destes, eu ouvi falar, custam em torno de 300 euros. Vou confirmar a informação.

Não vi nenhum francês fedorento e todos foram extremamente atenciosos comigo! E quando viam que o meu francês é fraco, eles explicavam tudo mais devagar e com calma. No dia em que cheguei, era muito complicado para se locomover com as duas malas. Todos na rua que me viam assim me ajudavam. Fosse para subir escada, fosse para colocá-las no bagageiro do trem. São todos muito fofos.

Só hoje vi dois cachorros de rua (mais gordos que a Sheron) e ontem havia um gato na minha janela! O gato era mais gorda que a Toshiba e o Coppola juntos!!!!! Indo para a minha faculdade, eu vi um coelho (!!!!) atravessando uma rua mais distante em direção ao mato! Um coelho!!

Scargot nem sei onde tem! Comi só sanduíches até agora!! E foram muito bons! No aeroporto paguei o dobro do que na cidade, mas valeu a pena. Os sanduíches são feitos com pão baguete, igual a aqueles que tinham no supermercado uma vez, e me rendeu o almoço e a janta! Claro, comi um cockie da Milla depois. Mas foi o suficiente.

Se tiver sorte, hoje como o meu primeiro miojo! Obaaa!! Comida de verdade! ... Comida de verdade??????

PS: Hoje conheci uns chineses. Sim, os chineses estão por toda a parte! Bom, o primeiro me perguntou se no Brasil se falava latim e o outro me perguntou se era espanhol. Que o mundo inteiro pensa que nós falamos espanhol nós já sabemos... mas latim para mim é novidade! Me senti importante, chiquetê (forma de dizer chique na minha língua imaginária). Até estufei o peito quando me peguntaram do latim! Mas quando pus meus pés no chão novamente, murchei e respondi “Nom, au Brésil on parle poutugais”. E logo inflei novamente, pois eles pediram eu ensinasse a nossa língua lusa para eles! Este chineses devem amar o Brasil hehehehehe

terça-feira, 16 de setembro de 2008

Extravasa em Guarulhos

Este post não contém fotografias pois foi escrito rapidamente por uma mente com sono.

Estou eu no aeroporto internacional em Guarulhos, esperando o Check-in da Air France abrir para despachar as minhas amigas malas. Mas, o que farei enquanto não abre? Bom, vou aproveitar que tenho um computador com placa Wi-Fi e vou entrar na internet para conversar com as pessoas ou ler o Jacaré Banguela. Mas como conseguir internet?

Fui da Asa A do aeroporto até a Asa D. Literalmente fui do cabo ao rabo do dito. Por que? Bom, na Asa A fica o meu check-in, e na Asa D fica a Receita Federal, aquele escritório onde devemos declarar os bens que sairão temporariamente do país. Declarado tudo, sentei em uma cadeira e liguei o computador. Vamos ver como funciona a internet aqui?

Liga computador, escolhe uma rede para se conectar e manda bala! Qual das redes? Tenta todas!

Primeiro Telefonica. Abre o Firefox. Página inicial mostra vários planos de internet wi-fi. Pagar? Não, vamos procurar uma "de grátis". Vex? Também não. ASAS então? Nem esta. Bom, vamos ao balcão de informações.

- Moço, como funciona a internet sem fio no aeroporto? Preciso me cadastrar, pagar em algum lugar?
- Cê precisa comprar um cartão de acesso. Na Drogaria Globo tem.

Adoro sotaque paulista. Dá votade de sacudir a pessoa e dizer "fala direito"!! Enfim, vamos lá, então.

Cartões de acesso à rede Vex. R$15 se eu comprar duas horas corridas e R$25 se eu adquirir as 24 horas corridas. Como naquele momento eram 11h30 da manhã e eu embarcaria às 16h, comprei o acesso de duas horas. Facada. Mas é isso ou nada.

Muito bem. Agora eu sentei em uma das cadeiras que ficam ao lado de um grande pilar com tomada. Liguei o mac na força e peguei o cartão na mão. Pensei: se são duas horas corridas, e às 13h o check-in abre, vou enrolar e depois eu entro na internet. Dito e feito.

Fiquei nem 5 minutos parada com o computador na mão e percebi que nesta outra ponta do aeroporto, na Asa A, existem outras redes. Algumas fechadas, com um cadeado do lado do nome, e outras abertas. Tentei elas. Na primeira, a Telefonica_Vip_Tam, consegui! Internet gratuita!!!!!

E os meus R$15?? Estão investidos em um cartão que não vou usar!! A não ser que eles resolvam desligar a rede heheheheh Afinal, eu não sou vip da Tam! Vai que eles descobrem hehehehehhe

Vou guardar este cartão para quando eu voltar. Quem sabe eles não tranquem o sinal da Vip Tam e eu fico sem internet.

Esta fica para quem viajar por Guarulhos. Internet wi-fi de graça tem na Asa A do aeroporto. Esqueça a Asa D, ela não exite no mundo do acesso gratuito!

domingo, 14 de setembro de 2008

Malas prontas??

Faltam dois dias para voltar ao Velho Mundo. Já fui lá uma vez, em 2006, quando conheci Paris e Lion durante o passeio de 10 dias. Mas desta vez é para estudar uns 4 meses e passear os 2 meses restantes do "semestre acadêmico".

Bagagem. Algo que preocupa muito! Posso despachar duas malas de 32kg e levar dentro do avião uma bolsa e uma maletinha. Mas como administrar tudo isto?

Malas despahadas. A primeira, uma mala grande cor de rosa da Hello Kitty que a minha irmã ganhou de 15 anos. Nela vão calças jeans, blusas para o verão e produtos de higiene. Como não se pode levar líquidos dentro do avião comigo, preciso despachar pasta de dente, shampoo, perfume, desodorante (preocupação) entre outros produtos.

Na outra mala, uma enooorme que o tio Jones emprestou, vão ser despachados os blusões, vestidos, dois cobertores finos e o mais importante... comida!! É, uns pacotes de miojo, sopão maggi, nescau e erva mate. Erva não, chá. Se bem que chá também pode ser algo suspeito para se levar dentro da mala.

Na mochila e na maleta de mão vão meus documentos, dinheiro, computador, mp4, baralho español, umas guloseimas e uma muda de roupa para o caso de estravio da mala..... É chato, mas acontece.

As malas ainda não estão prontas. Na verdade falta finalizar. Os sapatos estão esperando a hora de entrar, as havaianas precisam ser compradas e algumas calças ajustadas. Mas tudo fica pronto amanhã! Afinal de contas, viajo às 8h30 da terça-feira!!

Força na peruca e boa sorte!!!!!

sexta-feira, 5 de setembro de 2008

E lá vem o visto!

Pois então, para viajar eu preciso do visto. Por quê? Bom, é simples, eu preciso do visto porque a minha nacionalidade não é da União Européia, e sim do Mercosul.... Enquanto eu não conseguir a minha cidadania italiana, precisarei incansavelmente ir atrás de vistos para estudar na Europa. Mas como se consegue o visto? Com muito suor e paciência!
Principalmente se for preciso tirar o visto com urgência! Para quem não ficou sabendo da minha hstória, ae vai. Durante todo o semestre de 2008/1, eu me comuniquei com a Université de Poitiers, mandei minha ficha de pedido de alojamento, a professora Silvana, da PUCRS, enviou o meu pedido de intercâmbio e tudo estava acertado. Após, claro, insistentes e-mails pedindo que eles resolvessem se iriam me aceitar ou não. Bom, depois de concordarem com a minha viagem, começou a corrida pelos documentos necessários para se obter o tão amado e querido visto de estudante. Juntei tudo: contra-cheque da mãe e do pai, cartas de responsabilidade econômica, xerox do passaporte, xerox da certidão de nascimento, xerox do histórico escolar da PUCRS, xerox da minha receita de bolo de chocolate favorito, etc, etc. Mas faltava uma única coisa, a mais importante! TAN TAN TAN TAN TAN TANAAAAN! A carta de aceite!! Ela é o documento que comprova que eu fui aceita pelos cherosos franceses.
Correio em greve, pânico tomando a minha pessoa. Chega a primeira correspondência, um manual do aluno intercambista. Chega a segunda corresponência, vários classificados de alojamentos. Chega a terceira correspondência, a reserva do meu alojamento. Mas e a maldita carta? Nada. Durante todo o semestre, após eles confirmarem que me aceitavam, eu mandei e-mails pedindo a carta de aceite por e-mail, porque assim pelo menos eu adiantava o processo do Campus France, um dos documentos que eu precisava para o visto. Sabe, eles estavam de férias, e ninguém acessou o seu e-mail por um bom tempo. Ou seja, nada de carta.
Recebi várias informações de que eu poderia fazer o meu visto na França mesmo, o que me deixou tranqüila e fez com que eu marcasse a minha viagem para o dia 02 de setembro. Mas então chega a carta, faltando uma semana para o dia do embarque. Fiquei mais feliz ainda! Mandei para o Campus France os documentos, junto de um e-mail perguntando como seria mais fácil entrar na França sem o visto, dizendo que eu iria fazê-lo lá ou dizendo que eu iria apenas passear. A moça do Campus France me ligou apavorada dizendo que era impossível, eu tinha que fazer o visto no Brasil mesmo! A casa caiu.
Desmarca passagem, remarca passagem, corre atrás disso, atrás daquilo, fala com gente mal educada, fala com gente mal humorada. Foi lindo, a conta de telefone aqui de casa vai às alturas! Mas tudo se resolveu. Vamos pagar multa por ter que desmarcar a passagem e o seguro saúde, pagamos altos Sedex 10 para enviar tudo, perderei uma semana de aula. Mas pelo menos tudo está resolvido. Meu visto ficará pronto na quinta-feira que vem e eu viajo na terça-feira, dia 16 de setembro. Não poderei viajar antes, mais perto da quinta, porque não tem mais passagem, apenas para o dia 16.
Recebi ajuda e apoio de muita gente de dentro e de fora da família, e se não fosse por eles, eu não teria mais paciência para fazer isto tudo.

quarta-feira, 3 de setembro de 2008

Cités Universitaires

As chamadas Cités Universitaires são como as repúblicas que temos no Brasil, prédios com quartos para alugar aos estudantes que vêm de longe. Em Poitiers elas são padronizadas, têm quatro tipos de quarto com preço tabelado. O órgão que auxilia a escolher e alugar um dormitório é o CROUS (Centre Régional des Œuvres Universitaires et Scolaires), um órgão que auxilia estudantes com habitação, estágio, restaurantes universitários, etc.

Os quartos disponíveis são:
- Chambre traditionnelle (quarto tradicional): tem cama, escrivaninha, cadeira, armário, estantes e lavabo.
- Chambre rénovée (quarto reformado): cama, escrivaninha, cadeira, armário, estantes e lavabo.
- Chambre 3 fonctions (quarto três funções): tem cama, escrivaninha, cadeira, armário, estants, lavabo e chuveiro.
- Studio (tipo um JK): é maior, tem tudo o que os outros têm e mais um fogão embutido, frigobar e pia na mini-cozinha.

As residências universitárias da cidade são:
Dentro do campus - Cité Universitaire Descartes, Cité Universitaire Rabelais, Résidence Universitaire Jules Caisso e Résidence Universitaire Francine Poitevin.
No centro da cidade - Cité Universitaire Jeanne d'Arc, Cité Universitaire Marie-Curie, Cité Universitaire Roche d'Argent, Résidence Universitaire Canolle, Résidence Universitaire Internationale Michel Foucault e Résidence Universitaire Pont-Achard.

Eu vou morar na Cité Universitaire Descartes, dentro do Campus. Meu quarto é o tradicional, que não é lá estas coisas, mas vai me acomodar no primeiro mês. A residência Descartes conta com sala de televisão, lavanderia, sala de ping-pong, sala multimídia e pista de bicicleta. Na verdade eu quero morar em uma casa de família, mas a universidade só pode me ajudar com as residências do CROUS.

O ponto A é onde fica a Cité Universitaire Descartes, e no ponto B é onde fica a ICOMTEC, onde vou estudar. Cinco minutos de bicicleta!

Vida de intercambista na Europa não tem luxo, mas tem glamour!

Preparativos


Bom, vamos do início!
Eu sou Joana Pretto Cavinatto, estudante de Comunicação Social - Jornalismo da Famecos/PUCRS, estudante de Letras - Bacharealdo em Tradução Francês/Português da UFRGS, cozinheira amadora, tagarela profissional.
Misturando todas estas qualificações em uma idéia, surge o que ninguém esperava tão cedo: um intercâmbio.
Com os patrocínios que estou recebendo, vou estudar um semestre na Université de Poitiers, no sudoeste da França. Estou me mudando da Famecos (Faculdade de Comunicação Social) para a ICOMTEC (Institut de la Communication et des Nouvelle Technologies). Lá terei aulas de escrita jornalística, comunicação oral, gestão de revista, entre outros.
Além dos estudos, a Universidade tem outros serviços para os alunos, como as residências universtárias. No início irei morar em uma destas, a chamada Descartes, que fica dentro do campus. Existem quatro modelos de quarto: chambre traditionnelle, chambre rénovée, chambre trois fonctions e studio. Este último é o único com uma minicozinha dentro do quarto, tipo um JK. Eu vou morar na chambre traditionnelle, que tem cama, armário e uma vista linda para o campus.
Para poder estudar na Europa, é necessário fazer um visto de estudante, que é a fonte de todas as minhas dores de cabeça e noites mal dormidas. Para ser feito o "visa étudiant", preciso juntar uma série de documentos, entre os quais a Carta de Aceite é a mais importante. Esta carta chegou para mim na semana passada, sete dias antes da data da minha viagem. Corre para cá e corre para lá, desmarquei o meu embarque do dia 02 de setembro e deixei a data em aberto. Ou seja, vou perder a primeira semana de aulas!!
Nos próximos post irei explicar tim tim por tim tim do que está acontecendo nos meus preparativos.
Vida de intercambista na Europa não tem luxo, mas tem glamour!